Objetivo Mauá

Está servido?

Está servido de poesia?

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Lucas Reis, do ciclo 3, poeta de carteirinha...

Às 4h44 da manhã do dia 17/10/10 poetizou:

Cem sentidos
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Esvaziei minha mente
Talvez por não me entender
Talvez pela incerteza do que esta logo a frente
Ou talvez pela constante guerra do meu ser ou não ser
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Tentei assassinar o meu ego
E sem perceber fui um pouco mais além
E agora sou táxi do cadáver que carrego
Matei meu egocentrismo, Sobrevivo, amém
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Segui minha existência manipuladora
E colidi com sentimentos manipuláveis
Fui aprisionado em um efeito gangorra
Onde meus passos e laços eram instáveis
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Mas como diz a lei
Tudo um dia acaba
E por instinto me adaptei
Ao universo que me rodeava
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Me dei uma segunda chance
Sem sequer ter notado a primeira
Percebi tudo que estava ao meu alcance
E mesmo assim acabei fazendo asneira
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Uma asneira que ninguém explica, mesmo se quiser
Pois é parte da existência, da arte de viver
Explicação nenhuma isso requer
Nascer, amar, e talvez, morrer
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Hipóteses, reticências pairando nesta lírica avenida
Nesse meu destino que me parecia vago
E que aos poucos foi tomando forma de vida
Vida onde é notável que faltou algo
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Me faltaram alguns instantes
Me faltaram algumas imagens
Pra guiar estes meus olhos errantes
Que não souberam traduzir as mensagens
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Encontradas no tato
Na ausência da presença
No fato sem contato
Que se projetava em minha consciência
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Confesso que não ouvi
As palavras que sem querer eu gritava
Mas foi tão intenso que pude sentir
O cheiro do sangue que eu não derramava
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Pra mim era fim, era começo
Eu não sabia, e até agora não reconheço
Nem faço ideia do quão idiota eu pareço
Descrevendo cada instante que não esqueço
Graças a palavra que cobrou este preço
Que talvez seja o castigo, e eu mereço
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Esta poesia, por acidente
Decadente de sentido
Mas cheia de mim
Eu vi, toquei, ouvi e senti o cheiro
Era cheiro de rosa
Não a rosa encontrada em um jardim
Nem a rosa plantada em um poema ou uma prosa
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Era uma rosa morena
Que me prendia em palavras belas, não ditas
A mesma rosa ainda me envenena
É consequência de minhas poesias perdidas
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É bela, é pura, é real
É ela, é minha cura, e é também minha palavra Final
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Rosa!