MANIFESTO DA TERRA

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Senhores Seres Humanos,

Hoje acordei aborrecida, com os olhos lacrimejantes de tanta fumaça, a pele irritada certamente porque minha capa de ozônio está furada e meu ar tem mais ácido. Percorri com esses colhos ardidos os lagos, rios e mares; e os vi mais dujos. Depois chorei, devo confessar, chorei uma lágrima incontida para aliviar meu desgosto e desespero, quando notei que meu vestido, aquele verde, estava rasgado. Eu os culpo por parte desses transtornos e, para alertá-los, vou até contar algumas passagens da minha vida, alguns fatos que presenciei para que vocês entendam como reajo às agressões ou circunstâncias perigosas quando delas sou vítima.

(...)

Sei que sua ciência é suficiente para diminuir tanta ignorância, pobreza e miséria, que contribuem de forma maciça para minha deterioração; é suficiente para usar-me citeriosamente rumo a um desenvolvimento sustentável. Mas, se continuarem o seu uso para prejudicar-me, ela não será suficiente para evitar que eu os destrua numa simples faxoma doméstica. E se por acaso seu extermínio acontecer por suas próprias loucuras, como numa global poluição radioativa, química ou biológica, eu me recomporei um dia sobre sus fóssis, dando vida a outras vidas mais virtuosas. Estejam certos, ninguém deste mundo do futuro sentirá saudade de vocês, os piores inquelinos que já tive. Portanto eduquem-se! Sinceramente, preocupadamente,

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Terra

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Para ler na íntegra o texto:


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